O beneficio do alongamento para seu cavalo?
16 05 2012Comentários : Leave a Comment »
Tags: cavalo, equitacao, hipismo, horse, montaria, passeio a cavalo
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Turismo a Cavalo
8 01 2010Turismo eqüestre se fortalece no Brasil
O turismo a cavalo no Brasil desponta: não a galope, mas já arriscando os primeiros trotes. Não se trata da meia dúzia de cavalos que um hotel-fazenda mantém para entreter os hóspedes. O turismo eqüestre propõe passeios organizados e maiores, com animais de qualidade, guias treinados e mais atenção àquele que está em cima do bicho.
Esse filão já tem mercado em 50 países. Só na América do Sul, cinco países organizam profissionalmente cavalgadas. E o Brasil agora também começa a querer fazer parte dessa “tropa”.
Em 2006, três anos após a implantação do Caravana Brasil – projeto que divulga o país como produto turístico no mercado internacional -, a Embratur trará operadores estrangeiros para conhecer a infra-estrutura do turismo eqüestre no Brasil. “Embora não seja um segmento prioritário, é como o golfe e pesca esportiva. Ou seja, um turismo qualificado, que traz um visitante que fica mais dias e gasta mais”, diz Jurema Monteiro, gerente de apoio da Embratur.
Uma das primeiras iniciativas do setor no país foi a Cavalgadas Brasil (www.cavalgadasbrasil.com.br), operadora criada em novembro de 2005. A empresa montou dez roteiros para cavalgada no Brasil. São eles: Pantanal, na região de Aquidauana (MS), ilha de Marajó (PA), Itacaré (BA), nos arredores do Parque Nacional de Itatiaia (divisa entre Rio e o sul de Minas), Serra da Bocaina, Lages e Bombinhas (SC), Aparados da Serra (RS), Itu e Dourado, ambas em São Paulo.
Os operadores desse tipo de turismo têm duas barreiras para ultrapassar. Uma delas é desvencilhar a cavalgada do hipismo, ou seja, de que é preciso gastar para uma fortuna para ter o hábito de andar a cavalo. “A cavalgada é para quem pode viajar, mas não é para milionário. Por cerca de R$ 200 por dia, o turista tem pousada, refeições, cavalo, guia e seguro”, diz Paulo Junqueira Arantes, 54, sócio da Cavalgada Brasil.
A segunda é criar diferentes tipos de cavalgada, que vão além da voltinha em torno da fazenda com bichos calmos e lentos – perfeita e necessária para quem está começando, mas entediante para quem já tem certo currículo.
Os estrangeiros, em geral, gostam de passeios maiores, com até dez dias, sobretudo no Pantanal. Os brasileiros se contentam com os de um dia. E, em ambos os casos, para quem gosta de cavalgar, a hospedagem não é o item que mais importa, mas sim a segurança e a qualidade da travessia e a paisagem avistada.
E esta última temos de sobra, dignas de cinema. Não temos a cavalgada no topo das montanhas escarpadas, circundadas de pinheiros salpicados de neve, mas o Brasil pode se gabar por seus percursos também de tirar o fôlego, como nas terras altas da Mantiqueira.
Cavalgar é conhecer cada um desses lugares de maneira única, com a visão de 1,5 m a 2 m acima do que os nossos olhos humanos proporcionam, atingindo lugares de acesso quase impossível aos nossos pés ou aos veículos por nós inventados, num passeio silencioso e de qualidade rara, que não ataca a mata nem espanta a fauna.
Na cidade de Pirahy, em São Paulo, passeio combina história e visão cinematográfica
Depois de cavalgar, descansar numa casa de fazenda de 1680 soa como música para amantes desse tipo de atividade. Na histórica fazenda Pirahy, em Itu, a 103 km de São Paulo, o cavaleiro encontra hospedagem intimista e caseira.
Há chalés com quarto e cozinha ou apenas suítes fora da sede, mas o melhor é se hospedar em um dos quatro quartos da casa. Com decoração de móveis recolhidos em antiquário, fazem o turista se sentir no século XVIII. Há detalhes a serem aprimorados, como o espelho do banheiro (um tanto manchado) ou uma luz de emergência à mão (caso falte energia); nada que comprometa.
No passado, essa fazenda teve alambique (que ainda está conservado) e cafezal e produziu leite. Os primeiros proprietários eram bandeirantes e deixaram como herança o casarão, que, ao longo, dos anos, recebeu modificações, como um segundo andar e uma tulha de café. Para virar um hotel, surgiram banheiros.
O hóspede da sede da fazenda faz as refeições com os donos da propriedade, ali, na mesa da cozinha, servindo-se dos pratos que estão em cima da pia.
Já quem fica abrigado nos chalés saboreia o café da manhã e o almoço num rancho próximo ao casarão, servido por Sandra Neves, uma quituteira experiente, apesar de ter apenas 19 anos. A diária da fazenda inclui só o café, e as demais refeições saem por R$ 20 cada uma.
É daí que partem as cavalgadas em torno da área da propriedade, e os cavaleiros são recepcionados com bolo de fubá e cafezinho.
Para os não-hóspedes, é preciso haver pelo menos duas pessoas interessadas; com hóspedes, o tour pode ser individual –mas sempre à parte da diária. Em ambos os casos é preciso reservar, e os passeios podem acontecer todos os dia da semana.
Apenas uma cavalgada é fixa: a da lua cheia, que ocorre no sábado da semana em que o satélite natural da Terra se mostra redondo no céu –e inclui um jantar com comida caipira e cantoria.
Outra cavalgada sai dos domínios da fazenda, percorrendo as terras de algumas das propriedades igualmente históricas vizinhas da Pirahy, caso das fazendas Cana Verde e Capoava.
“O melhor é ver o mundo do alto.” Esse foi o comentário de Cristiane Augusto, 36, hóspede da fazenda que voltava a cavalgar após mais de uma década no dia da visita da Folha à fazenda. E esse alto da fala de Cristiane pode ser duplo: do alto do cavalo ou do alto dos morros da região ituana.
A área rural da cidade é presenteada com morros e vales –muitos deles pipocados de pedras–, que seriam quase inalcançáveis por outro meio de transporte. Os cavalos (a Pirahy tem cerca de 30, sobretudo mangas-largas) vão para o alto e para baixo dessas montanhas, ziguezagueando por entre lagos, rios e trilhas.
Ali vêem-se os búfalos criados na fazenda, com cara de poucos amigos e tomando conta de seus filhotes; um gavião em pleno vôo; o gado descansando no morro.
Para completar, durante todo o trajeto, o cão buldogue Spike, que vive ali na Pirahy, segue a tropa, como se fosse mais um dos cavalos. Só faltam sela e cavaleiro.
Todas as fotos são do sites http://www.cavalgadasbrasil.com.br e http://www.fazendapirahy.com.br
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